A couve-flor é uma das culturas mais tradicionais de Espanha. Cultivada desde há muitos anos nas zonas do Vale do Ebro, de Valência, Castellón, Tarragona, Toledo, Zafarraya (Granada), tem vindo também a desenvolver-se nas províncias de Múrcia e Cádiz, devido, essencialmente, ao seu potencial em termos de exportação. Utilizada tanto como produto fresco ou congelado, desidratado, ou sob a forma de conservas salgadas e em vinagre.

Quando destinada ao mercado de produtos frescos, há que adotar diferentes tipos de apresentação: o mais comum são as caixas de seis unidades, com parte das folhas protetoras, embora também possam existir tamanhos mais pequenos, em caixas de oito unidades. Envolvê-la em papel-filme é uma ótima solução, a fim de melhorar o seu aspeto e duração nos supermercados (casos em que é apresentada quase sem folhas protetoras). Contudo, também pode ser apresentada em misturas de tabuleiros, combinada com outros produtos hortícolas da família das Brassicáceas, normalmente em tamanhos "mini" ou "baby".

No que diz respeito à sua adaptabilidade, embora prefira solos profundos, férteis e bem drenados, pode ser cultivada em qualquer meio; no entanto, convém ter sempre em consideração as datas de cultivo, dado que a possibilidade de indução de florescimento (a couve-flor é uma inflorescência) depende de baixas acumulações de tâncaule (Ta), de acordo com os diversos valores limiares para cada uma das variedades, não dependendo, unicamente, do desenvolvimento vegetativo. Para que existam condições favoráveis ao crescimento da couve-flor, a gema terminal deverá ser induzida numa determinada época específica, para que venha a existir uma harmonização entre condições posteriores e temperaturas suaves, com vista ao favorecimento da compactação da inflorescência. Trata-se de uma cultura que exige muita água, dada a evapotranspiração das folhas ser elevada, e carece de uma boa disponibilidade nutricional.

Tipo de produto

Calendário do cultivo

  • Transplante
  • Colheita